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Política pública para enfrentar o problema da demência

O Alzheimer foi o tema mais recente dos “Encontros O GLOBO Saúde e Bem-Estar”, realizado pelo jornal na última quarta-feira (15), e que deu origem à reportagem no último domingo (19) intitulada “Alzheimer: um olhar mais atento às famílias”. Entre outras informações, o material produzido pelo jornal revela que 11 países – mas não o Brasil – têm um Plano Nacional de Demência, segundo relatório da associação Alzheimer’s Disease International.

Os planos de nações como Reino Unido, Coreia do Sul, EUA e Austrália, incluem ações de pesquisa e prevenção e também de apoio às famílias. Destaca-se, nesse sentido, a criação de centros para abrigar os pacientes durante os períodos do dia, com acesso a cuidados médicos, fisioterapia e atividades lúdicas e de incentivo. No Brasil, de acordo com a reportagem de O Globo, há raras instituições com essas características e nada em termos de política pública e governamental.

A presidente da Associação de Parentes e Amigos das Pessoas com Alzheimer (Apaz), Maria Aparecida Guimarães, lembrou, no encontro, que tramita no Congresso Nacional um projeto de lei (284/2011) para regulamentar a profissão de “cuidador de idoso”. No estado do Rio, ela diz que já foi aprovado o projeto de lei (979/11) normatizando a atividade, mas que ainda precisa ser sancionado pelo governador Luiz Fernando Pezão.

Outra preocupação apontada pelos especialistas são os custos, que pressionam as famílias. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que as pessoas com demência, entre elas o Alzheimer, têm um custo estimado em US$ 604 bilhões por ano no mundo, incluindo gastos com cuidados de saúde, além da perda de renda de doentes e cuidadores. Este gasto cresce à medida que se estende a expectativa de vida. O cardiologista Cláudio Domênico, curador do evento realizado na Casa do Saber O GLOBO, avalia que este custo chegará a US$ 1,2 trilhão em 2050 no mundo. “Então, esse é um problema que envolve o mundo todo”, declarou.

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