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Previna-se contra a evolução silenciosa da catarata

Visão turva ou escurecida, cores desbotadas, dificuldade de enxergar à noite, halos ao redor de luzes e maior sensibilidade à luminosidade podem ser sintomas de catarata. Nos cálculos da Organização Mundial da Saúde, a doença atinge 46,2% da população mundial acima de 65 anos. Evolui lentamente, não provoca dor, mas pode causar cegueira, se não for detectada a tempo e tratada. O que é feito, em geral, por meio de uma cirurgia relativamente simples.
Segundo o oftalmologista Bruno Guimarães Novaes, diretor-médico do Hospital Oftalmológico Santa Beatriz, o diagnóstico prévio é fundamental. Os tecidos oculares, diz ele, também estão suscetíveis aos processos de envelhecimento, resultando em várias doenças da visão. “A catarata é, disparado, a mais comum entre elas.”

De acordo com a Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, a catarata tem mais chance de aparecer em pessoas com mais de 40 anos, favorecida ainda por doenças como glaucoma, diabetes e pelo hábito de fumar. Em países tropicais, como o Brasil, onde a incidência de raios solares é alta, o diretor da instituição, Daniel Montenegero, diz que é maior o número de pessoas com o problema. Para detectar a doença e evitar que evolua, ele recomenda a realização de exames periódicos. Também sugere evitar alimentos enlatados, refrigerantes e corticoides, e usar óculos escuros com proteção contra raios ultravioleta. “De modo geral, a pessoa deve procurar ter uma vida saudável”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.

“A catarata é provocada por uma baixa progressiva da visão que se inicia com a perda de sensibilidade ao contraste, passa para o contraste das cores, a pessoa começa a ver preto e branco e, mais tardiamente, há perda de visão”, explica o diretor da associação. Na realidade, ela consiste em um processo de turvação do cristalino, o disco transparente localizado atrás da pupila, que é responsável por colocar a luz em foco na retina.

A cirurgia de catarata é feita externamente com aparelhos baseados em tecnologia de laser, sem o uso de bisturi, com cortes precisos. No procedimento, disponível em hospitais da maior parte do país, o cristalino turvo do olho é removido e substituído por uma lente intraocular artificial (LIO). Em geral, leva de 15 a 30 minutos.

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