A Filha de Aluguel foi criada pensando no público idoso, que quer usufruir de toda a comodidade da internet, mas não se sente seguro para fazer isso sozinho.
Normalmente os filhos ou netos seriam os primeiros a serem os procurados, mas por falta de tempo ou paciência, não conseguem ajudar.
A ideia é dar autonomia e confiança para que eles aprendam a pesquisar, fazer compras, pagamentos ou até mesmo ganhar dinheiro usando a internet.
A ideia surgiu quando a mãe de Evllyn Vianna, idealizadora e responsável pela empresa Filhas de Aluguel, queria participar desta revolução digital, se comunicar com os netos e sempre pedia ajuda. Com algumas dicas, ela rapidamente aprendia e se interessava cada vez mais.
Evllyn começou a pesquisar sobre os idosos, as empresas que atendem a este público e as organizações não governamentais. Criou uma página na internet divulgando o que ia descobrindo e procurando parcerias neste setor.
“No Rio de Janeiro, já existe alguma organização, mas ainda há muito o que fazer, especialmente se comparado a SP”, comenta ela.
O Brasil está envelhecendo rapidamente. São 24 milhões de pessoas com mais de 60 anos, no Rio de Janeiro, quase 11% da população é formada por idosos. Até 2055, o número de pessoas nessa faixa etária deve superar o de brasileiros com até 29 anos.
As empresas precisam ter mais oferta de emprego para esta faixa etária, mais atividades de lazer, as casas precisam ser adaptadas para melhorar a segurança doméstica, é preciso estimular o cérebro para se manter ativo, etc.
A inclusão digital deste público faz parte deste movimento.
É um desperdício ter tanta gente capacitada nesse grupo sem aproveitar sua potencialidade.
Segundo Evllyn, o público que a empresa vem atendendo “é muito educado, inteligente e sedento de conhecimento. Com essa alfabetização digital, eles resgatam sua autoestima, pois participam mais ativamente da vida familiar, ficam por dentro das novidades e se sentem mais ativos.
Nos atendimentos que já realizou, fica claro que cada aluno tem um objetivo diferente. Alguns querem ficar por dentro das redes sociais, outros querem melhorar sua organização e identidade digital (senhas, passaportes, segunda via de documentos, etc). Essa flexibilidade pode ser oferecida pela empresa, adequando a cada demanda um programa específico.
“Um caso curioso, foi uma artista plástica que queria se cadastrar em um site internacional especializado em vendas. Conseguimos cadastrá-la e aproveitamos para fazer um inventário das suas obras. Terminamos por fazer um vídeo contendo uma exposição virtual de suas obras”, comenta Evllyn.
Temos a oportunidade de preparar o futuro que queremos, quando chegarmos à terceira idade.
Mais informações –http://filhadealuguel.strikingly.com/#home
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